Hormônio adoece vacas


Mais uma agressão contra os interesses do consumidor. Liberada no Brasil em 1992 – dois anos antes do que nos EUA, onde estavam em curso as primeiras pesquisas para avaliar os riscos desta nova tecnologia para o homem e o meio ambiente –, a somatrotropina bovina recombinante (BSTr), produzida em larga escala graças à engenharia genética, é um hormônio sintético que permite aumentar significativamente a produção de leite de vaca e vem sendo usado no Brasil. Segundo dados oficiais, estima-se que 120 mil vacas foram tratadas com BSTr no ano passado.
Ainda que o hormônio possa não afetar diretamente o ser humano, as incertezas quanto a segurança desta tecnologia persistem: diversos trabalhos científicos demonstraram que vacas que recebiam BSTr tinham probabilidade 79% maior de contrair mastites e outras inflamações. O resultado é o uso mais freqüente de antibióticos, que, por sua vez, poderia levar a um aumento dos resíduos dessas drogas no leite consumido pelo homem e a uma maior resistência a bactérias patogênicas como o Staphylococcus aureus.

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